segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mistérios

Meu primeiro texto de abril deveria ter sido uma homenagem que eu e meus irmãos fizemos a nossa mãe pelo seu 60 aniversário, ocorrido dia 1º. Não o é. O texto virá, mas não vai mais ser o primeiro de abril. Fica pra depois.

Hoje quero pensar um mistério. Não um mistério de Agatha Christie, porque nunca li nenhum. Para quem demorou 21 anos para assistir ET não é exatamente surpresa. Porque um mistério cabe bem para esse começo de segunda-parte de ano.

O mistério é simples, não é um koan: "o que eu realmente quero?"

O que não quero é fácil: não quero prazos curtos para nada, não quero pessoas doentes, não quero dias cinzas e tristes, não quero morrer sozinho, não quero tomar vacina.

O que quero é simples também: quero fazer vestibular, quero emagrecer o suficiente para sair da linha do infarto e diminuir o colesterol, quero uma filha.

Mas "o que eu realmente quero"? O que daria sentido ao fato de eu me levantar da cama e agradecer por estar vivo e por fazer diferença na vida de pelo menos uma pessoa?

Não sei. Os dias têm ficado chatos e cansativos. O trabalho não me dá mais o prazer que dava. O desafio virou excesso de carga, e isso nunca me é bom. Talvez esteja na hora de parar no espelho e me perguntar se estou em busca do que realmente quero.

Antes, porém, é preciso saber o que é. Aceito respostas.

Um comentário:

shikida disse...

Te prepara então, pq alguns anos atrás eu me fiz essa mesma pergunta ;-)