Quero pedir a licença de você, caro leitor, para uma breve citação. Ela resume um pouco de minha proposta para esse novo amontoado de escritos.
"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo para nascer, e tempo para morrer; tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado; tempo para matar, e tempo para sarar; tempo para demolir, e tempo para construir; tempo para chorar, e tempo para rir; tempo para gemer, e tempo para dançar; tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las; tempo para dar abraços, e tempo para apartar-se. Tempo para procurar, e tempo para perder; tempo para guardar, e tempo para jogar fora; tempo para rasgar, e tempo para costurar; tempo para calar, e tempo para falar; tempo para amar, e tempo para odiar; tempo para a guerra, e tempo para a paz." (Ecl., 3:1-8)
Esse texto da Bíblia pode ser encontrado em diferentes versões, porém sempre falando sobre o tempo das coisas. O que muda são alguns termos, muito em função do politicamente incorreto "atirar pedras" que o Eclesiastes fala. Nos dias de hoje a prática de atirar pedras não é muito recomendada, e na verdade não deveria ter sido nem nos tempos que escreveram a bíblia. Porque deve doer, e muito, levar pedrada.
Tentando não me desviar do assunto, estou em minha cidade: Ponte Nova. Para quem ainda não sabe, ou seja, para você que nunca leu nada meu antes desse blog, é onde nasci, onde mora a minha mãe e parte da minha família. Volto a Belo Horizonte hoje ainda. Vim para um funeral. Há quatro meses um tio meu entrou em um hospital e por lá ficou até ontem. Era algo esperado, só que o susto de um telefonema de morte, esperada ou não, é algo que sempre tira a gente do chão. Em menos de uma hora meti-me dentro de um ônibus, e cá estou. Quebrado de cansaço o suficiente para faltar o trabalho justo quando não deveria. Era esse o tempo de que eu precisava, infelizmente.
Amanhã volto à rotina que será interrompida pelo carnaval. Com a sensação estranha de que a semana será tudo, menos típica.
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