segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Tabagismo

Uma das coisas mais interessantes que se acham nas ruas é a exata contraposição de sentido àquilo que se vivencia no presente momento. Por exemplo quando decidimos parar de fumar. Parar de fumar é inerente ao ser humano; todo mundo vai parar um dia. Ou pelo menos tentar uma, duas ou mais vezes. Até quem nunca fumou vai abandonar o cigarro de alguma forma, em um ato destemido de rompimento com a fase oral. De eliminação da muleta, do "tripé estável". Aliás o ato de fumar está para a humanidade assim como cortar a franja/deixar inteirar está para as mulheres. Quando jovem a gente experimenta de um tudo. Depois, passada a onda, chega-se a um ponto comum, seja ele qual for.

Mas voltemos ao péssimo hábito do cigarro, ou da falta dele. A perspectiva é a mesma. Se você, um dia que seja, resolveu abandonar o cigarro, deve ter reparado como o mundo resolveu fumar exato aquele dia. Até a velhinha da janela, aquela que te olha toda manhã tomando café, parece estar com um cigarrinho na boca. Por outro lado, o dia em que você resolve consumir uma carteira inteira, não aparece uma alma viva com isqueiro ou fósforo, muito menos carregando um cigarro aceso.

Eu parei de fumar e não devo voltar. Tive duas ou três recaídas, a maioria com álcool associado, e vi que não me serve mais aquilo. Peguei chocolate amargo para substituir. Mais calórico que cigarro, mais gostoso que chocolate ao leite. Gosto de aromas e gostos fortes como o bom e velho Marlboro vermelho. Agora aposentados: o cigarro e o caubói da propaganda.

2 comentários:

Camafunga disse...

O caubói, a menos que seja lenda, ja partiu desta para melhor, sem levar os pulmões e por causa do cigarro. Parar de fumar é uma das mais inglórias batalhas que o ser humano pode enfrentar, a estatística diz que depois de fumar por mais de dois anos a chance de insucesso na tentiva de suspensão total do hábito é de mais de 65%, pior do que a da cocaina, por exemplo. Isso porque a dependencia se dá em vários níveis sendo o químico o mais complexo. A nicotina tem tantos "atrativos" e ligações a serotoninas etc que ao mesmo tempo que acalma os agitados estimula os depressivos, fora o resto da misturada que vai em um canudo daqueles. Mas há quem consiga, e pelo que te acompanhei no Cabeça de Gordo, e outros comentários por estes anos, deves chegar lá. Mas pela minha experiência, digamos pelo menos a profissonal, já qeu nunca fui tabagista, o maior fator de sucesso é estar a fim de faze-lo. Só não vai te empanturrar de cacau amargo porque chocolae também vicia.
Abração!

Ro7 disse...

de qq forma o cowboy é uma delicia, seja um whiskinho sem gelo, seja um belo moreno forte e rústico do texas.